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Capas de revistas femininas, que tem a editoria de moda como uma grande aliada

Jornalista na passarela

Jornalismo especializado em moda vai muito além de desfiles e tendências

Ana Carolina Lahr

Coletar informações sobre produtos e serviços que estarão à disposição do consumidor pelos próximos seis meses – período que separa os grandes desfiles de lançamento de tendências- é apenas uma das funções do jornalista de moda. Mas para fazer um bom trabalho ele precisa ir além. A linguagem específica, que alimenta um mundo de sonhos por meio de imagens atrela em seu conteúdo a história da moda e da sociedade e permite ao jornalista de moda uma analise crítica do mundo fashion dentro cenário sócio-econômico, cumprindo assim, com seu dever social.

O segmento existe no Brasil desde as primeiras revistas femininas da década de 20. Mas foi no final dos anos 90, quando o país se incluiu no eixo da moda, que ganhou espaço no jornalismo diário. A novidade em tudo isso é a crítica de moda, fenômeno relativamente recente. Dentre as brasileiras veteranas no requisito estão Constanza Pascolato e Regina Martelli.

Se antigamente o jornalismo de moda se restringia à tendência, serviços e comportamento, hoje é possível fazer da moda pauta para todas as editorias. A tendência mostra o que há de novo; o serviço, preços e dicas de como usar as roupas; em comportamento, são mostrados reflexos da sociedade nas vestimentas; o jornalismo factual é nutrido pelas coberturas de eventos; na economia, o mercado da moda está em alta; em termos de ecologia e ciência o desenvolvimento de novos materiais é pauta freqüente; e até mesmo o esporte tem pauta de moda: você reparou nos uniformes dos Jogos Panamericanos? O aspecto visual e funcional das roupas são fundamentais.

A moda ultrapassa SIM o mundo das vaidades.