Ana Carolina Lahr
Abrir a janela logo de manhã e se deparar com cores mais vivas é um dos momentos mágicos do inverno. Seria difícil de acreditar que estamos em julho se não fosse o toc-toc das botas nas calçadas, e o edredon fazendo da cama o melhor lugar da casa.
Tem tempo mais louco que esse? Na hora de se arrumar, não há casaco que esquente. Quando pisa na rua, haja bolsas para guardar tanta lã. Calor, frio, calor frio. Não estamos na Europa. Esse é o Brasil brasileiro, onde temperatura abaixo de 0º é notícia no jornal.
Será que para um povo que passa a maior parte do ano fugindo do calor em meio a pouco pano, o inverno é mesmo a estação da elegância?
Segundo o consultor de estilo Juba - mais uma vez colaborando com o JornalistaNaPassarela – a afirmação está mais para coincidência do que para regra. “Isso é uma justificativa latina para definir elegância. Devemos observar que as pessoas também erram no frio”. Dentre os erros típicos observados pelo personal stylist estão as blusas de tricot largo ou jaquetas matelassada, que são usadas por todos, mas deveriam ser evitados por pessoas com volume nos peitos, quadris ou barriga.
Para Teresa Cristina Simões, no frio as pessoas tendem a usar roupas mais formais e por isso ficam mais elegantes. Na sua opinião, usar as roupas para esconder supostas “imperfeições” é uma das vantagens da estação. Juba alerta: “a elegância faz parte de uma pessoa”. É algo natural, assim como ser sexy ou não. Mas para aqueles não adeptos ao conformismo, dá uma dica: “De maneira geral, as pessoas elegantes fogem das estampas, que datam e indicam humor ou exagero no visual”.
Morar num país de altas temperaturas tem suas vantagens e desvantagens. Além dos casacos grossos para dias excepcionais, o nosso guarda roupas precisa se preocupar com a roupa de baixo, que pode ficar à mostra a qualquer hora. Para não se tornar um cabide ambulante, aposte na combinação suéter + camisa. O coringa dos armários continua sendo o paletó, tanto masculino como feminino.
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