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O rodeio que não sai de moda...

...A moda que não sai do rodeio

Saiba o que tem de novo e o que nunca muda nos rodeios espalhados pelo Brasil

Ana Carolina Lahr

“A moda country é country. Chapéu, jeans e cinto”, resume Dora Baudinger, proprietária de uma loja de estilo country há 10 anos e também consultora de moda sertaneja. Segundo ela, a moda country não evoluiu muito ao longo dos anos quando se fala em novas peças, mas sim na maneira como se fazem as combinações, como a maioria das novas “invenções” do mundo da moda. “Hoje existe um ar arrojado que permite um estilo mais individual. Não é preciso nem usar chapéu ou bota para entrar nesse mundo”.

Apesar de parecer simples, o estilo country tem suas regras. Exagerar nos acessórios que caracterizam um sertanejo pode transformar estilo em fantasia. Pode-se dizer que existem dois tipos de freqüentadores de festas de peão: os astros e a platéia. Do lado das estrelas estão os peões de montaria, cantores, apresentadores e rainhas das festas; do outro lado ficam os curiosos e apaixonados pela cultura caipira.

Se por um lado existem aqueles que se vestem a rigor independente da hora ou local, existem também os marinheiros – ou cavaleiros – de primeira viagem, que procuram dicas na esperança de não ficar por fora num novo ambiente. Nesse caso, o ideal é arriscar sem muita ousadia. Para Dora, uma das maiores gafes no meio country é o visual social. Seu requinte não se encaixa com o ar rústico das fazendas e sítios.

Para aqueles que ainda não tem coragem de assumir de vez o gosto pelo sertanejo, adaptações são possíveis sim, revela a consultora. Ao invés da camisa, a camiseta. Ao invés do chapéu, o boné. Ao invés da bota, o sapatenis. Pronto: simples e adequado. “É disso que falo quando afirmo que a moda country hoje é mais arrojada”.

Para a mulher, a saia jeans, que de princípio pode parecer uma boa escolha, é, na verdade, a menos procurada pelas mulheres sertanejas. Saias de couro são mais confortáveis, femininas e rústicas, do jeitinho que o estilo manda.