Menos glamourosas, imitações permitem que todos vistam a moda
As criações simples adotadas por Coco Chanel foram as primeiras a permitir imitações para outras categorias de preços e colocavam os modelos ao alcance da mulher de bom gosto e poucos recursos. Por essa marcante característica, o estilo implantado por Coco Chanel foi definido por Paul Poiret – aquele que liberou as mulheres dos espartilhos - como a “moda pobre”.
Não há com que se preocupar: luxo que marcava as distâncias sociais foi reabsorvido discretamente no tecido e corte, mantendo a valorização da exclusividade da alta costura e grifes.
No filme O diabo veste Prada, Miranda Priestly, representada por Merryl Streep, contesta um sorriso de escárnio de sua assistente, que acredita que as opções de cintos para o figurino são idênticas. Em meio a um longo sermão ela diz: “Você vai até o guarda roupas e escolhe um suéter azul(...) O que você não sabe é que esse suéter não é apenas azul. Na verdade, é cerúleo. E você não tem a menor noção de que em 2002, Oscar de La Renta fez vestidos cerúleos e Yves Saint Lourent, jaquetas militares cerúleo. E o cerúleo logo foi visto em oito coleções diferentes. E acabou nas grandes lojas e, um tempo depois, em alguma lojinha vagabunda onde você, sem dúvidas, o comprou em uma liquidação. Esse azul representa milhões de dólares e vários empregos”.
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