07/08/2007


Gabriele Coco Chanel


Nº01

Criadora da grife famosa pelo perfume Nº05, Coco Chanel é, para muitas damas, símbolo de independência e estilo

Ana Carolina Lahr



Gabriele Chanel, conhecida como “Coco Chanel”, reproduziu sua própria imagem na grife que se eternizou na história da moda. Foi através dela que as mulheres ganharam espaço e importância na sociedade, vestindo roupas que reafirmaram sua independência, personalidade e estilo.

A historiadora da moda Arlete Embacher, afirma que a estilista se tornou um marcador histórico no momento em que libertou a mulher dos corpetes e das saias com múltiplos babados e franzidos do fim do século 19. Foi Chanel quem introduziu na alta-costura - em 1916-, o jérsei de malha, os trajes de tecidos xadrez, as blusas de malha fina, as saias simples, as calças boca-de-sino, as jaquetas curtas e de corte reto e os casacos cruzados na frente e acinturados em estilo militar. Dez anos depois, lançou uma invenção que é até hoje peça indispensável a uma mulher: o “pretinho básico”.
A bolsa tiracolos foi outra de suas criações elegantes e funcionais. “Tudo o que fez e propôs, muitas vezes para uso pessoal, virou um estilo”, declara a Arlete. “Parecem coisas pequenas, mas quando comparadas ao figurino da época, são idéias inovadoras. Ela (Chanel) oferece uma roupa simples, fácil de vestir, com um efeito visual de luxo e uma cara moderna”.
No verão de 1954, enquanto Coco se preparava para apresentar a coleção outono-inverno, definiu sua filosofia nas seguintes palavras: "Não escandalizo o mundo. Sou inimiga da excentricidade e sinto-me deprimida pela forma em que as pessoas a exibem. Não percebem as mulheres que seu primeiro dever é permanecer femininas e agradar aos homens? E não procurar aparentar 20 anos quando já tem 60, ou assemelhar-se a um rapaz de cabelos comprido”.
Chanel faleceu em 1971, aos 87 anos, e sua vida está prestes a invadir os cinemas. Quem representará a estilista é a francesa Audrey Tatou, de "O Código Da Vinci" e "Amélie Poulain".
Depois da morte de Coco Chanel, a Maison Chanel andou quase à deriva, segundo a historiadora. Mais de dez anos depois, em 1983, o estilista alemão Karl Lagerfeld assumiu a direção de criação da marca, tanto para a linha de alta-costura quanto para a de prêt-à-porter. Sem deixar escapar o princípio básico de liberdade, Lagerfeld conseguiu dar novo ânimo à grife francesa.

Dica de leitura: "Chanel: Seu Estilo e Sua Vida" , de Janet Wallach





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